Unipar prepara proposta por ativos da Braskem nos EUA; oferta pode superar US$ 1 bilhão

Unipar prepara proposta por ativos da Braskem nos EUA; oferta pode superar US$ 1 bilhão

Valor final depende de um escrutínio mais profundo dos números da subsidiária; procurados, Novonor, Unipar e Citi não comentaram e o Santander não retornou até a publicação da reportagem

A perspectiva de uma venda se dá num momento de piora da situação financeira da Braskem, que nesta quinta-feira, 7, divulgou mais um balanço com prejuízo. O Santander e o Citi foram contratados para assessorar a companhia no processo. A Unipar ainda não definiu seus assessores. Procurados, Novonor, Unipar e Citi não comentaram. O Santander não retornou até a publicação desta reportagem.

A aquisição não tem relação com a proposta do empresário Nelson Tanure para adquirir uma fatia ou a fatia de controle da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem, disse uma pessoa que acompanha o assunto. Mas pode reduzir a pressão em seu passivo, já que há dívidas importantes vencendo em 2028, favorecendo a próxima gestão.

A proposta de aquisição da subsidiária norte-americana não exige, formalmente, a aprovação dos bancos credores da Novonor, que têm a fatia de controle em suas mãos, como garantia de empréstimos feitos no passado pela então Odebrecht.

Entretanto, a avaliação de uma pessoa próxima à negociação é de que a conversa chegará aos bancos e à Petrobras, para evitar questionamentos e conflitos posteriores.

A notícia causou surpresa, entretanto, entre algumas das instituições credoras, que disseram desconhecer as intenções da Unipar. O Estadão/Broadcast apurou que, em uma primeira análise, a venda da subsidiária nos Estados Unidos poderia implicar retirada de valor da empresa e comprometer o crédito dos bancos.

“Lá estão os principais laboratórios”

Em teleconferência de resultados, nesta quinta-feira, 7, o CEO da Braskem, Roberto Ramos, negou as conversas e disse que a manutenção das plantas dos Estados Unidos é fundamental para a Braskem, “porque lá estão os principais laboratórios” para o plano de transformação da companhia.

No entanto, após questionamento firme de um analista, durante teleconferência, sobre a necessidade de renegociar dívidas com vencimento em 2028, devido a uma transformação lenta da empresa, o diretor financeiro, Felipe Jens, disse que a companhia está atenta e tomando medidas para enfrentar a situação. Ele pontuou ainda que a companhia avalia todas as possibilidades para o caso de não reduzir sua alavancagem até 2028.

A Braskem reportou nesta quinta, 7, um prejuízo líquido de R$ 267 milhões no segundo trimestre de 2025, uma redução de 93% frente ao resultado negativo do mesmo período de 2024.O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente somou R$ 427 milhões, uma queda de 74% na comparação anual. A receita líquida totalizou R$ 17,857 bilhões, com redução de 6% ante a de um ano antes.

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